19 março 2013

Desenvolvimento Económico


A espiral recessiva com que nos deparamos está a deixar Portugal num país devastado. Os números falam por si: 1 milhão de desempregados e um PIB que, supostamente devia crescer, apresenta uma redução de 2,3%. A diminuição do crescimento das exportações, a procura interna pelas ruas da amargura, mostram uma economia anémica onde o investimento é incipiente para não dizer inexistente, nomeadamente ao nível do investimento externo.

As empresas precisam de se financiar. A banca tem que injetar capital nas empresas. O IVA tem que diminuir, nomeadamente na restauração. O poder de compra das famílias tem que ser compatível com o estímulo ao consumo interno.

No nosso concelho, existem alguns sinais que nos deixam preocupação. As empresas da construção civil vão definhando, contribuindo para o aumento do número de desempregados e um conjunto de empresas que vão falindo noutros concelhos aqui à volta e que inevitavelmente contribuem negativamente.

Por outro lado, existem também sinais de ânimo. Ontem mesmo na Câmara deliberamos alienar dois lotes a duas empresas, uma para Tramagal – um centro de inspecções automóveis, e outra para a Zona Industrial Norte de Abrantes – uma fábrica de cerveja artesanal. Investimentos novos. Já neste mandato havíamos alienado quatro lotes no Parque Industrial Norte para permitir a ampliação de quatro empresas – a Vieira e Alves (torres eólicas), a SAOV (Produção Azeite), a Abrancongelados (transforação e comercialização de pescado) e a SGPG – Sociedade Gestora de Parque de Gás – Gás Unidos (Comercialização de gás). Assistimos ao investimento de 33 M€ da Mitsubishi e por isso também alienamos um lote de terreno em Tramagal. No Tecnopolo, em Alferrarede, vimos nascer e crescer empresas que ocupam praticamente toda a incubadora e que em 2012 faturaram cerca de 3M€ e criaram perto de meia centena de postos de trabalho. Temos assistido a investimentos, como o efetuado no Casal da Coelheira, no Tramagal, que acrescentam valor ao negócio.

O papel da autarquia é este: acompanhar as empresas e os seus empresários. Aqueles que escolheram Abrantes para investir e aqueles que querem empreender. Ser agente facilitador para o desenvolvimento de projetos empresariais, seja na disponibilização das melhores condições logísticas, seja na relação com os organismos de licenciamento, quer seja até na relação com as entidades gestoras de financiamentos (QREN e PRODER).

Sinais positivos que, apesar da situação económica e financeira do país, nos dão esperança. Até porque nesta adversidade, recusamos cruzar os braços.

Desejo uma boa semana a todos e a todas.

Maria do Céu

09 março 2013

Dia Internacional da Mulher

Neste Dia Internacional da Mulher, a Conselheira para a Igualdade no concelho de Abrantes, Sofia Loureiro, publicou na sua página do Facebook a mensagem que aqui transcrevo, com a devida vénia, numa homenagem a todas as mulheres do nosso Concelho. Recordaria apenas que a Psicóloga Sofia Loureiro Lopes foi nomeada no nosso 1º mandato (em setembro de 2010) como Conselheira Local para a Igualdade, no âmbito do Estatuto aprovado pelo Governo em Abril de 2009. Obrigada, Sofia.




"Hoje celebra-se o Dia Internacional da Mulher... Não queria que o dia passasse sem partilhar aqui o que tem sido desde 2010 trabalhar pela igualdade de oportunidades, direitos e justiça como Conselheira Local para a Igualdade a convite da Maria do Céu Albuquerque enquanto Presidente.Tem sido um desafio, uma paixão e muito gratificante perceber mudanças e reflexões comuns e individuais. Obrigada a todas as mulheres e homens que acreditam num mundo mais justo."

01 março 2013

Portagens na A23


 

A introdução de portagens é um fator de inibição à circulação na A23, para além de ter vindo provocar o aumento de trânsito dentro das localidades. E o agravamento nas despesas das famílias e das empresas. Os últimos dados tornados públicos pela SCUTVIAS atestam que a circulação nesta via, entre Abrantes e a Guarda, apresentou em 2012 uma descida substancial do trafego rodoviário.

A nossa função enquanto representantes dos nossos cidadãos é defender aquilo que é melhor para eles e neste caso todos temos perceção que a inclusão de portagens causou problemas ao desenvolvimento da nossa região e do nosso concelho.
Desde que foi anunciada a intenção de introdução de portagens, tomámos várias posições públicas junto dos respetivos governos para acautelar os interesses da nossa comunidade.
Tomamos posição conjunta com autarquias nossas vizinhas manifestando-nos contra a introdução de portagens por considerarmos que a A23 não tem perfil de auto-estrada, nomeadamente no sublanço Torres Novas – Abrantes.
Antevendo o aumento de trânsito dentro das localidades, alertamos as instâncias responsáveis (Estradas de Portugal) para assumirem as suas responsabilidades pelas diversas situações de insegurança para automobilistas e peões nas estradas nacionais, como são os casos da EN2 (Barreiras do Tejo, Bemposta), da EN3 (Rio de Moinhos), da EN 118 (Rossio), da Ponte Rodoviária e Ferroviária (Alvega). Hoje, está à vista de todos, há um claro desinvestimento na manutenção na rede viária.
Negociámos com o então secretário de Estado da Obras Públicas no sentido de reduzir a introdução de pórticos dentro do nosso território.
Enquanto representante dos cidadãos do Concelho de Abrantes contestei junto do ministério da Economia o princípio da equidade e justiça social que se encontra claramente colocado em causa com os preços praticados que quando comparados com outras autoestradas se apresentam bastante inflacionadas.
Ainda recentemente insisti junto do secretário de Estado das Obras Públicas Transportes e Comunicações para que seja feita uma revisão da modalidade de taxas cobradas na A23, solicitando que as mesmas sejam adequadas a valores compatíveis com uma utilização em pleno e, ao mesmo tempo, procurando garantir o acesso a todos os cidadãos.
A via que devia servir para a coesão, tem hoje um efeito contrário.

Desejo a todos e a todas um bom fim-de-semana,

Maria do Céu